se conformava com o status quo e muito menos ratificava as administrações
seguidas em Arari.
A mesma geração que se
agrupava em grêmios estudantis, associações, sindicatos e outras instâncias na
luta pelos interesses da sociedade.
De uma geração que não
tinha medo do sistema imposto e dominante.
Porém, ressalte-se que não foram poucos os que se entregaram e jogaram
suas histórias no lixo dela, outros ainda se lambuzam com o que há de pior.
De gente que se reunia em
praça pública, com poucos expectadores, mas com muita coragem e vontade de
mudança.
A quota da carroceira do
caminhão para atos públicos era o nosso maior luxo. Mas outros olhares, sedutores
ao capital e ao poder de qualquer modo, levaram de enxurrada alguns cúmplices.
Há uma gente que resistiu
e não desiste de lutar, mesmo que pareça omissão, mas há extremo inconformismo
com tudo que acontece. Ainda bem.
Lembro-me quando gente da
minha geração desafiava os governantes pondo a verdades às claras, nua e crua.
Sem medo de ser feliz. É certo que ganhávamos a antipatia de muitos, mas resistíamos
e até entendemos os porquês da repulsa.
Eu próprio, a esta altura,
não me arrependo de nada que fiz.
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