Oh Deus de tantas coisas!
De tanto te pedir Senhor,
de ti me abasteço
E de tanto me silenciar
De tanto rir e de tanto chorar
E de me emocionar e de me compadecer
De me ver como ser tão frágil e
insignificante
Mas de ti vem o que em mim é bom
Pois o teu amor em mim é fonte
De não conseguir aplaudir o que tantos
aplaudem
e entendem engraçado!
De nesta vida ter tido a oportunidade
de querer um mundo mais igual e justo
E pelejar já faz tempo…
E de tantas vezes me emudecer com despedidas
Em coisas tão doloridas!
E logo a tua voz me faz confortar quem
precisa
E em outras me alegrar até na alma com as
tuas graças
De fazer reflexões que há poucos parecem
interessar
Mas que nos afetam a todos
De espalhar-me em amor por obras de justiça
E de nunca negar um abraço
Obrigado
Senhor, pelo meu desejo de ser melhor
Pelas
fomes de saberes e justiça
E
que nunca me seja permitida a insensatez
e
insensibilidade dos injustos
Pois,
meu ser não suportaria ser menor do que sou
Ericeira
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