este artigo aqui no meu baú, ou melhor, na pasta Usina de Ideias. Continua tão
atual como se tivesse saído da lavra hoje, mas já tem alguns anos. Por isso
resolvi republicá-lo, mesmo tendo plena consciência que não tenho nada contra
ninguém em específico, mas sim no geral.
Já
anotei nos meus textos de que nem se
mpre devo me satisfazer com o que escrevo,
mas satisfazer as pessoas que leem. É para elas que fabrico palavras, externo
sentimentos e impressões de mundo. Hoje vou tocar num assunto não muito
simpático: a relação da sociedade com seus políticos. Não há dúvida de que tudo
pode mudar no cenário político com o aproximar das eleições. É assim, caso
desta vez não seja, será uma exceção. Peço-lhes não tente comparar Política com
o que fazem conosco em safras de votos.
É
assim na nossa província, em qualquer outra e também na província-mor. Isso é
fato. Na última hora, o Estado se apresenta todo travestido de bondoso,
generoso, operante. É fantástico! O céu desce sobre a terra e todos viveremos
dias muito felizes. Mas Ilusão, apenas. Passada a carga da coleta de votos,
tudo volta como antes no quartel dos pobres brasileiros. No Maranhão isso é
praxe. Quem me dera profetizar de que eu estou completamente errado e que de
agora em diante, quando eu disser isto serei imediatamente repreendido. O Estado hiberna e incubadoras que produzem
semideuses. O milagre acontece, homens
rudes e maus fazem o bem em praça pública. Ufa, assim é demais. O povo vai com
os outros. Levado pelo lado bom do capitalismo: dinheiro, negócio, favores. A
ponte que caiu, o esgoto, a lama… Falar em lama, isto na minha modestíssima
opinião, é um lamaçal. Longe, muito longe de ser política. Mas tem dado certo
para a construção de uma sociedade cada vez mais refém de si própria.
Há
até os que enchem os bolsos de dinheiro, com cédulas diferenciadas conforme a ‘cara’
da presa!
A
necessidade, ou melhor, a quantia ser desembolsada vai pelo estereótipo. É a
verdadeira aferição da indignidade humana, pressuposto contrário em relação ao
mandamento constitucional.
Depois
da festa das eleições, geralmente quem paga a conta é o povo. O ‘estado’ vai
embora some do seu próprio local e só aparecerá quando houver outra safra
eleitoreira. Aí vem travestidos de bons e começam tudo de novo. Com bolsos
cheios semeiam o mal. O mal maior é a ratificação do povo a esse status quo.
Quero ser dominado, eu preciso ser dominado. Eu gosto disso!
E
os carnavais fora de época que, em cidade pequenas ou de médio porte, cada um
exerce uma função na brincadeira, isto é, no jogo da ilusão. Há até os olheiros
que ficam na espreita para saberem que foi e quem não foi às passeatas!
Um
dia desses vou procurar uma regressão em um estado em que eu seria de um reino
milionário e que pude saciar de fome dos alienados e eles saíram às ruas
gritando meu nome. É esse! É esse! É esse… E, aí, nem precisaria mais de
poucas exceções.
Um
conselho, fuja de quem não fez quando esteve no poder e teve todas as
prerrogativas para fazer e, ainda assim, não fez.
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