Um dia
desse eu vi você!
Até o vento
que te tocava parecia contemplar-te.
Unia-se às
tuas curvas ao riso do teu vestido.
Ele fazia
curvas nas curvas tuas.
E andava
como se fosse a única a ser contemplada por todos.
O sol
irradiava de teus cabelos, a luz que só eu vi irradiava a partir deles.
E nessa rua
imaginária todos te referenciavam.
Paraste o
tempo em mim.
Fiquei para
ver a última cena: você passar em mim,
Fazer
avenidas.
E os
pássaros demonstraram em orquestra a tua chegada.
Sinfonias…
E na tua
face, essência de flores, perfumes, desejos…
E seguistes
caminho, dia-a-dia, na sombra de mim estás.
Nesse
encanto e para vida inteira.
És a cena,
os protagonistas, cenários de amar.
Sei que
passarás nos oceanos que projetei
só para te ver passar.
Ir cada vez
mais para dentro de mim.
Nilson
Ericeira
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