Nem pão nem circo
Dêem-me pão
Dêem-me circo
Mas não somente pão
Nem somente circo
Dêem-me dignidade
Já, em qualquer idade
Dêem-me justiça e liberdade
Dêem-me asas
Pois quero alcançar meu próprio ímpeto
A propósito, sou gente
Gente que têm fomes
Não tirem a lona do meu circo
Nem quebre meus ossos
Esse troço de me devolver o que é meu em mingalhas
No picadeiro
Não, não me negue o pão de todos os dias
Eu quero mais
Adoro ver a praça cheia de gente feliz
Conformadas, camaradas, com o que oferecem
De quando em vez ando quase despido
Descrente que sou desses espetáculos
Hoje têm palhaços na rua!
Nilson Ericeira
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