Rufiano, o Língua de Trapo, dentro do armazém das ilusões solta o verbo, ou melhor, a verba
Psiu: pix, pix, pix… Não fala nada para ninguém, principalmente para o pessoal do outro lado, recomenda o meliante.
Rufiano, o sem noção, vendo o poder escapar do seu uso pessoal e particular, em que traiu a confiança do povo, resolve mexer no cofre do armazém.
Entre sonhos e pesadelos, o roedor lamenta ter que gastar 0,5% do que roeu. O rato rói, rui, ruiu, ruíra, rápido… Assim se espantou do pesadelo da melancólica despedida.
Para tanto, conta com a ajuda de ratos rabugentos da estratosfera do esgoto, para funções indignas.
Levam propostas e mais propostas indecentes aos eleitores que já decidiram pular da barca, largar o lombo da vaca, pois decidiram deixar Rufiano se atolar junto com a vaca no brejo das bacias prometidas!
Nestes últimos dias, a aflição é grande, pois o cofre do armazém estará escancarado para benevolência nunca vistas.
Além do pix, corre um boato, que no cruzar da caravela ao mar da desventura, o aloprado também investirá cifras altas nas comunidades de maior densidade eleitoral. Ainda que a rejeição lhe seja grande, mas conta com os olhos de fusca para clarear a mente das pessoas.
E dizer lá que foi o melhor de todos: “tá vendo aquela tinta lá do antigo mercado grande? Foi eu quem fiz”. Não viu mais a marca da enchente de 1974, foi eu que mandei tirar”. “Sabe aquelas três peças de madeira de lei da praça? Mandei o carpinteiro botar”. Ninguém fez mais que eu, aloprou Rufiano.
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