Chão
Chão de esperanças
Sedento por novas sementes
Chão de amor
De onde brota os filhos teus
Por onde corre tuas águas
Que caem no mar…
E desaguam em mim
Chão de amor e vida
Chão de chuvas e sequidão
De onde vem a mensagem deste coração
De ventos sois, sombras, ventanias
E calmarias
És o remanso e a maresia
O sangue do nosso corpo
O copo cheio até derramar
Um chão assim, cortado pelo Mearim
Só te espero para outra vez te abraçar
És o chão onde caminho
O chão que se fez ninho
Chão de amor
Onde nunca ando sozinho…
Portanto em ti velejo
Eu te vejo e sinto todos os dias
Embaixo dos meus pés e na altura do céu
Pois és ungido de amor
Por isso mesmo que vivo a fazer poemas para ti
Nilson Ericeira
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