Já
tenho lugar na estante para ti
Antes
emoldura, lapido, burilo e dou brilho
Pois
estrela dos meus dias
Luz
da minha vida
Ar
e vontade de amar
Agora,
que já tens assento na sala
Invade-me,
penetra-me, revira-me, revolva-me
E
passes os dias em mim
Mesmo
quando não estejas
Eu,
só, sozinho em solidão
Mesmo
te fazendo sala no meu coração
Rogai
então para que meu coração não dê vertigem
Uma
vez que parte de mim está
A
outra, divaga
Outra
fica, é-difícil
E
as minhas partes te buscam a todo instante
Chega
ser hilariante, amar sem ter
É
como sangrar ferida que se faz questão
Pois
com a dor do amor,
a
ilusão sobrevive
Mesmo
que em dias de solidão
Agora
que já te fizeste tão íntima
E
que me invadiu completamente
Devolva-me
sementes
Pois
outra vez o teu amor em mim
Ericeira
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