O julgo dos homens

O julgo dos homens

Por vezes injusto

Precipitado, interesseiro

O julgo do homem empobrece-nos

É inverídico

Antes da sentença, a morte

É preferível ser matéria inerte

A ser condenado pela maldade e conveniência

Mas o julgo julga mal

Tanta que faz conta,

vislumbra faces

É bem mais cômodo à despedida

A ter-se por mal nas mãos malignas

E, assim: silêncio no tribunal

Precisamos ouvir as partes

Afinal, é preciso compor a lide

Mas de que adianta,

se antes já prejulgaram

Então, prolatem a sentença

Mas não se esqueça dos anúncios

Pois em instantes,

encomendem as flores

É que o se leva na partida,

Destoa de nossa chegada

  Nilson Ericeira