Culpados ou inocentes!

Começo a tecer mais uma
vez tecido fruto de minhas observações, experiências, vivências e convivências,
se é que assim deva me expressar.

Antes, digo com humildade
que você não perderá nada ao ler este texto, pois há outros que escrevem que
inegavelmente sabem muito mais, até mesmo daquilo que não sabem.

Já passei por muitas
coisas, mas em nenhum momento, ratifiquei injustiças de qualquer modo, talvez
por isso mesmo, tenha tido um período muito curto na gestão de confiança
pública.

Deste modo, costumo
questionar os porquês da negação de direitos! Pois direito líquido e certo,
caso houvesse consciência, nem caberiam remédios constitucionais!

Mas não escrevo apenas
para falar de mim, mas dos mundos, da forma que os percebo.

Certamente não seremos nós
encarregados do julgamento e da prolação de sentenças. Pelo menos em tese, não
deveríamos ser. Exercer o papel de julgadores é um dos mais difíceis, pois
mesmo diante dos fatos, vasto estudo das leis, conhecerem as fontes, saber de
doutrinas e jurisprudências, há a necessidade da absoluta certeza da culpa.
Certeza; convicção. Ainda assim, sobram leis, e principalmente no seguro maior
que é a dignidade da pessoa humana.

A olhos vistos e
apressadas conclusões, também não faltam àqueles que juntam provas divagantes, para
os mais hilários comentários e teses esdrúxulas, fatos convenientes a si mesmos
e estabelecem a cognição, conforme seus desejos, e ditam o veredito dos seus
interesses. Coaduno que são com a voz popular que, em tese (redundância intencional),
encontrara-se com a justiça!

Só que o clamor popular
não dita à regra, mas ressoa e deve ser ouvido com a mesma atenção do direito
posto.

É óbvio que não é assim e
não será. Todos somos inocentes até que se prove o contrário. E mais: a quem
cabe denunciar, cabe também, do mesmo modo comprovar, salvos raras exceções.

Portanto, não se deve
julgar e condenar, não temos essa capacidade, pois até mesmo os especialistas
no assunto, erram, e, quando se erra cometendo outra injustiça, sedimenta-se a
violência no lugar em que esta não deveria caber, muito menos travestida de
justiça.