Há indícios de que o tempo levou
A vida secou
A folha caiu
O mundo, o mundo submergiu
Eu só, sem graça
Desloco-me à procura de companhia
Mas só ouço o tempo esvaindo
Então armo a minha barraca no meio do deserto
Só, sós: eu e um poeta moribundo
Não indícios de vida aqui
Até os repteis ‘escacearam’
Deixaram-me em sol aberto e em trevas
Pois, na minha caduquice, as próximas cenas
É que sempre acho que devo me adequar às presas
Mesmo que eu seja só, da forma que estou
Abro meus braços e olho pro céu
Mas sei, indigno e pequeno
Pois de pecador tenho corpo e alma
Por isso não acho que mereço reivindicar
Vou ficando com os indício do que fui…
Um dia
Nilson Ericeira
More Stories
Presentes na soledade da Seduc
Outorga da Medalha Professora Anna Maria Patelo Saldanha
Colega de turma