Versos inconfidentes

Se eu chorar de saudade

Veja que expus meus versos

Por vezes pobres, mas teus

Outras vezes sem lógica, porém com alvo

Doutras vezes, sem sintaxe,

mas arrumados no meu coração

Eu me pus em versos mudos, soluços e choros

Você não viu, não sentiu, não percebeu

A flor, entristeceu, murchou…

O nosso amor, em mim é vida

Se eu entristecer, de semblante envelhecido, marcado

É que o tempo me absorveu

E se no meu retrato, agruras que a vida me fez

Não se preocupe, guardarei lembranças suas em mim

É que o amor nos molda, modifica, mortifica, amolda

Por isso, não sei se sabes, mas meus versos são teus

Apenas os coloco em planos

Meus versos são segredos escritos

Ainda bem que nem todos entendem

Quando eu sentir solidão, saberei onde ir

Abrirei meu braços e, no tempo do verbo, te amarei

 Nilson Ericera