Quando
as minhas forças me faltarem e meu coração silenciar
Ah amor,
onde estarás
Talvez digas
baixinho, o que a vergonha não te permite, eu te amo!
Não sei
se ainda haverá tempo de se arrepender
Pois
aqui não mais estarei à tua disposição
É que o
silêncio da vida calou meu coração de vez
Ainda
assim, talvez, alma minha te busque alhures
Pois quem
ama, ama e edifica amor para sempre
Vive em
almas e ilusões
Desfaz-se,
refaz-se, compõe-se, recompõe-se, decompõem-se
Quando
quiseres me visitar não estarei aqui
Pois
tanto tempo se passou e não correspondeste amor
E agora,
o que sobra, nem arrependimento podes ter
Pois não
sentiu e não previu o fim…
Achou
que tudo era banal, ri de mim, rindo de si mesma
Gargalhadas
e feridas tão doloridas me fizera
Então,
não digas nada, pois o meu coração já há muito silenciou
Meus
olhos fecharam, a minha face pálida não mais te sorrir
O meu
ser se trancou em chaves da vida e emudeceu
Mas talvez
numa única despedida, queiras impressionar
Mostrar
assim para os amigos que sempre me amou
Mas o amor em nós é figura gasta, pétalas caídas, folhas ressequidas…
Eu vou
agora dormir um sono tranquilo e montar cenários
Num
deles te por na cena principal e disfarçar que nada disso passou
É que o meu
amor entrou em maduração e
agora
floram outras flores lá no meu coração
mas por
favor não chores no que deveria ser risos
Não me ponha
em flores, pois apesar de tudo,
trago
essências do teu amor em mim
Sabes
muito bem que nunca gostei de alegorias
A minha
fantasia é única e real
O meu
ser abomina à estética
E o meu
silêncio é voz, a voz do amor em mim
Ninguém
pode dizer que não amou quando se ama
O amor é
chama que não paga, é centelha de vida
Ainda
assim, tem tempo, que precisa de um toque de recolher
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