O céu, a
estrelas, as cores, as tintas
Todas as
tonalidades em panaceia
Não
basta!
Há os que
mesmo você se derramando completamente,
Não
basta
Porque
lhes basta o seu próprio ego
Todos os
rios e mares e até os amares
Tudo que
há para servir
Não
basta, pois basta-se
Porque
não bastam os outros
Mas
somente a si mesmo
As
virtudes, os defeitos, o bem e o mal
Os
ventos e os tempos
Os
choros de alegria e tristeza
A
certeza da vida e a certeza da morte
As
pessoas que já foram
As que
estão e as que ainda vêm…
Nada os
preenche antes que lhe seja abastecido no seu próprio ego
Não
podemos, não devemos, não conseguimos abasteces pessoas assim
Pois
tudo que lhes cerca é insuficiente se não for só seu
Ainda
assim só enquanto usam
Por isso
abastecem seu ego de si mesmas
Nunca se
importam o que passa a sua volta
E quando
perdem o que banalizava sentem
Pois vem
a solidão
E a
solidão, meu senhores, é dor que dói nos ossos, consciência e alma
Ericeira
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