No
abismo de preferência inócuas
E surfa
na onda do ódio
Indiferente
a dores, hores, tremores, rumores…
Em
metástase tuas feridas já sangram
Mais sepulturas
a céu abeto se abrem
Em nome
de um deus: à desordem, o caos!
Psiu,
silêncio: o monstro está falando
A
vociferar asneiras e tolices
Ameaça
até o demo
Já que a
‘cracia’ desfalece
O
mito-pornográfico e fônico
Então,
viva um ‘palhaço’ sem graça!
E emana
do povo uma liberdade de estábulos
Em cercadinhos
e estábulos veneram
Enquanto
assaltam até ano vacina
De sina,
mortes!
Neste
caso eu chego à conclusão de que não sou menos imbecil,
pois assisto
a tudo omisso
Porque
me vejo numa pátria que sangra
Fede o
fedor da boca podre
Enquanto
o sanguinário lava as suas mãos com sangue inocente
Apressa-te
oh minha Pátria
Não te
deixes levar ao abismo
Ignores
o ser de uma pátria pária
E te
restabelece ao brio de uma Nação
Pois de
teu povo, tão diferente,
uns
ainda haverão de sobrar
Ericeira
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