Os pedidos de um colibri

 Quanto
tempo faz que eu me perdi no meu caminho

E também
de volta ao ninho, mas eu nunca te esqueci

Quanto
faz que eu te vi pela fez e me fez reboliços íntimos

O meu
coração disparou e eu em taquicardias não entendia o que a vida me fez

Porém,
fui criando plumas, depois com asas eu voei ao teu encontro

Igual
passarinho da estação que de tempo em tempo muda de lugar

E sair
com plumas, asas e pés, de corpo inteiro a te procurar

Saibas
que nunca deixei de te amar desde que a vi pela primeira vez

Assim
como de menino, vivo no ninho a procura de essências tuas

E assim
sinto o teu fume alhures no tempo que agora me encontro

Todos os
dias quando me preparo para voar, logo penso em te encontrar

Mas sei
que não será nos primeiros voos, então não importa a hora e o momento

O que importa
é conserva este sentimento que em mim é vida

Pois o
teu amor dentro de mim é derivação de quem lá fundo do coração

Agora,
já com novas plumas, asas e coração ferido, te espero lá do alto

E quando
emitir o meu primeiro canto e para te chamar outra vez para mim

Vinhas
me dizer ondes estas, o que fazes, onde andas, pois o meu amor procura

Que te
confessar neste momento, que meus dias de voos, asas, dores e feridas

Nada me
fará te tirar do meu coração

Por isso
mesmo, agora sobrevoo, onde outrora o nosso ninho

Pode ser
que o meu canto ouviste, ou por sinais das minhas feridas

Sobrevoe
e sentes logo perto de mim

Não
importa se por mim ou por essências das flores que cobrem o nosso jardim

 Nilson
Ericeira