
Pegar o Sol com as mãos.
Pegar na luz, ser oásis e deserto.
Ser do ser e o coração.
Ser a guerra, ser de piedade, sede Paz.
Ser do mundo, ser justo na falação.
Roubar o beijo.
Tocar no céu com as mãos…
Matar a sede de saudades.
Escolher inteiro e o todo.
Dividir, multiplicar solidariedade
Cortejar a luz, amar amante sua.
Imaginar imagens na lua.
Criar musas da imaginação.
Tocar nos seios dela, abrigar no corpo,
e ‘nu’ coração.
Contemplar todas as mulheres de sua paixão.
Vislumbrar possíveis, impossíveis, imaginários sonhos.
Ser o concreto e o enigma.
Ser o ponto, o fio, a meada, a malha e o tecido.
A tardezinha e o amanhecer,
Com sol em pino e ao escurecer.
Ser a asa, ser o voo.
A imensidão e acento.
Ser o canto e o encanto, o soluço e o choro.
Ser a saudade!
Ser chegada e partida, batida do coração.
Ser o silêncio e a unção.
Ser demônio, uns anjos e salvação.
A irreverência e toda oração.
O hino, o grito, arrebatação.
Pegar o céu com as mãos novamente e sempre.
Ser assim um pintor de sonhos.
Possuí-lo, colocar novos traços, escorregar nas nuvens.
Dá o tom das cores e ser arco-íris.
Encostar-se no dedo de Deus.
Amar o homem são.
Pedir proteção a um irmão.
Ver-se feliz na sua própria nação.
Subir as escadas da salvação.
Alcançar amor, desejos e sedução.
Louvar a vida, dividir o pão.
Esperar, esperançar-se do amor dela.
Olhar da sua janela o mundo.
Imaginar cenários, criar o mundo da sua imaginação.
Ser solidário, amar seu irmão.
Se-de de vida.
Sede a água pra saciar um coração.
Sede bandeiras, ser a luta e a aclamação.
Ser de saga, ser os pés e o corpo, a cabeça da salvação.
Nilson Ericeira (Robrielle)
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