CONVENIÊNCIAS E OPORTUNIDADES

Por Nilson Ericeira

No simplismo das minhas letras, ponho indagações que não se pretendem óbvias, pois coletadas no poço da minha experiência e maturação ao longo da vida.

E logo adianto, que estas linhas postas não trazem fórmulas de encaixe, pois cada caso é um caso.

O caso concreto nem sempre nos mostra tudo ou o todo.

Pois quem realmente sabe a dimensão da dor sentida é vítima.

Há palavras que não preenchem a verdade, são ditas apenas por conveniência. Um certo dia, escutei de uma certa personagem, que um certo ‘político’ passara o dia mentindo e, que, para cada presa, havia uma mentira nova do estoque. Trata-se de um ‘homem de Deus’!

Um esbanjador de inteligência!

E que confabula literalmente em línguas estranhas! Inspirado pela conveniência. Que Deus tenha piedade!

Continuo a procura de uma sintaxe que justifique os enfeites e caras e bocas de uma pessoa que vive a falsear a verdade. Então, eis que por analogia, deparei-me com animais.

Não é ave de rapina, mas um predador de oportunidades. Político profissional, religioso contrito e, de certo modo, um assediador de plateias.

Com muita calma maquina cada palavra para balbuciar, um expert do ilusionismo.

Enquanto escrevo, reflito, talvez por isso a minha inquietude com atitudes alheias, sem antes me esquecer de que há os que fazem da hipocrisia um modo de vida.