Velejar…

Velejar…

Vejo-me vagando pelo ar

Velejo…

Ponho-me na embarcação

À procura de um assento

Ou vagando à deriva num barquinho pelo mar

Vejo o sol tocando em mim

Distante ele toca na água

Faz-se luz refletida

Mas eu velejo no tempo

Toco o vento, seguro o mundo com as mãos

Faço poemas consentido

Sentidos do sentimento do meu coração

Apresso-me e voo e me vejo na gaivota passante

Seguro-me nas velas do tempo e dissemino pigmentações

Assim vou indo colorindo a vida

Sentido é certo

Mas pondo meus traços,

sintaxes do meu coração

Agora vejo aurora com sua gênese

Refletindo em mim a luz do amor de uma nova estação

Nilson Ericeira