Ser humano

Ser humano

Hoje maquiei meu ser

Pintei-me com as tintas da vida

Retoquei com tons de humanidade

Fiz-me constituídos de partes desiguais

Pus meu órgão em comunicação

Interagir comigo mesmo e com o mundo

Revesti-me com os tons da vida

E sair…

Sem, contudo, lagar das minhas próprias mãos

Aproveitei toda essa mistura para condenar o desamor

A desumanidade crescente

E pessoas dementes, incapazes de amar

De repente, de conta de me enxergar nas minhas cores

E me vir com o sentimento de repulsa à histeria coletiva

Tocada por homens insanos e impiedosos

Incapazes de enxergar as cores de suas tintas

Pois obscuros nas suas próprias insanidades

E se escorre pela boca o que não passa pelo coração

Misture-se com as tintas do amor

Pinte-se em si mesmo com as tintas da vida

Enxergue-se no mundo macro de amor ao próximo

Nilson Ericeira