Mundo frenético ou eu sou vazio II!

Mundo frenético ou eu sou vazio II!

Passaram…

Hoje eu vi vocês passarem

Nem me perceberam que eu os procuro

Pois com a pressa da imperfeição

Pareciam que no último dia!

Com os segundos preciosos!

Nem me viram, não perceberam

Eu abri os braços

Sedento por abraços

Vocês passaram

A maioria tem pressa

Mesmo não sabendo onde quer chegar

Somos todos uns lunáticos

E eu me incluo nisto

Mesmo carente e só no mundo

Há os que transplantaram o cérebro para as mãos

E, só na pontinha dos dedos

Até preferem quem está mais distante

A aquele bem pertinho

É a negação do eu e do próximo

Ou a recusa do próximo

O mundo parece ser controlado por controle remoto

Estamos buscando a solidão

Nos isolando de quem amamos

E de nós próprios

Quede os abraços e afagos tão necessários para a vida

Os encontros costumeiros e necessários

E por que precisamos dizer ‘quem somos’ para que nos escutem?

Ou mesmo sermos reconhecidos!

A vida parece em descontrole

Mas ainda assim quase todos se divertem

Falta-nos empatia

Mas não somente isto,

falta-nos amor

Estamos todos cheios até a tampa de palavras gastas

E reticente a amar

Completamente vazios

Pois o nosso tempo está comprometido

E, com isso, comprometemos a nossa felicidade

Portanto, é preciso refletir

E tirar um pouco de tempo para enxergar os outros

Sem nunca nos esquecermos de nós próprios

Nilson Ericeira

(Robrielle)