Por Nilson Ericeira
O bom Ladrão! O mau político!
Li o bom ladrão, em nada se assemelha o Bom Ladrão, de Fernando Sabino, nem mesmo, ao ladrão que, em não tendo alimentação para a sua família, ou mesmo algum brinquedo para presentear seus filhos em período de Natal, rouba coisas de pequena monta, para satisfazer os desejos ou mesmo saciar a fome de quem ama!
Aqui cabe o Princípio da Bagatela, mas só vendo o caso concreto.
Só para dizer que ainda restam aprendizados nesta memória envelhecida pelo tempo e incapaz de lembrar de certas coisas, porém me lembro que comecei a ler o citado livro dentro do ônibus e passei da parada, pois me chamara muito a atenção pela grandeza de detalhes e fineza das narrativas e, também, muito pelo suspense e curiosidade que ainda hoje persistem em mim.
Acontece que o bom ladrão moderno é mau, pois rouba o que é da coletividade para satisfazer interesses próprios. Depois, principalmente pelo advento das eleições, devolve parte dos recursos roubados em forma de benesses, migalhas ou favores, tudo isso para ter o povo sobre seu julgo e poder. Tem-se assim um povo subjugado e refém de quem escolhe e confia um mandato.
O bom ladrão, frase usada apenas para ilustrar o atual momento, é bom no sentido de que sabe manipular os recursos e de forma contumaz e continua a driblar, diz-se, até com maestria, os órgãos de controle social.
Acontece que o ‘bom ladrão’ já há muito tempo é um velho (velhaco) conhecido de todos nós. Sabemos os seus métodos e não há truques que não saibamos, nada fica subtendido ou subliminar da forma dos livros de Marchado de Assis e Fernando Sabino. Tudo está muito claro!
Aqui cabe a tipificação legal com as reprimendas da lei, mas antes, se for o caso, a negação de um novo mandato popular lhe serviria como sentença definitiva. Que tal pensar seriamente nisto?
O bom ladrão, neste caso, é muito mal para a população, pois esconde, sorrateia, desvia recursos da saúde, da educação, da assistência social, do esporte, da cultura e, ainda, aniquila com a nossa dignidade, pois fere de morte o princípio dos princípios ou o sobre princípio: o da Dignidade da Pessoas Humana.
Mau ou bom ladrão, não importam seus métodos, devemos expurgá-lo.
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