Um jardineiro moribundo

Um jardineiro moribundo

Se já não me cativas

Ou cultivas!

Mas por onde vais

Por onde fores

Onde estás

Essência tuas em mim

Sei que já não sei te irrigar

Mas antes, irriguei o teu amor em abundância

Porém sei que negas o que existe

O que exalas…

Ainda que no coração me guarde

Assim, do mesmo modo da nossa irrigação

Mas por favor, não se autoflagele

O amor é harmônico

Mas arbitrário

E se solta em nós mesmos sem licenças

Mesmo que, igual à flor da represa

Espalha essências…

Igual àquela flor

A flor do amor

Nilson Ericeira