Rufiano, o Língua de trapo, pegou um caniço e foi pescar traíra na tranqueira do Igarapé do Nema.
Logo ele que há muito não ia nem na barragem para se divertir, uma vez que é rodeado de compromissos e muito bom de coração do jeito que é, o aloprado levou horas e horas jogando gongo na tranqueira. Mas se esqueceu perguntar aos amigos qual a isca boa para esse tipo de pescaria.
Antes, conhecido como um bom jogador, ou melhor, pescador, o cara-de-pau pensou que a garantindo uns canicinhos todo mês lhe era suficiente para não ser vítima de trairagem. Com ‘nadica de nada’ no côfo, mas como muita grana para fazer inveja a qualquer traidor, Rufiano promete se vingar!
E a vingança será maligna!
Noutro dia, planeja, mesmo que seja uma galáxia ou mesmo no outro mundo, o Língua de trapo vai esperar um por um para fazerem umas pescarias juntos. Mas nada de levar bicho de côco no lugar de piabas ou ‘piranguiras’!
De uma hora para outra a pescaria ficou cheia de sambiquiras… Ei me dá cinco pilas para tomar uma pinga? Vai para lá traíra!
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