Vida, portas e labirintos

Vida, portas e labirintos

Se fecharem as portas

Eu abrirei

Sempre abri

Abri pra pedi pão

Para me agasalhar

Para dormir

Para me enturmar

Se insistirem

Eu empurro

Eu sempre empurrei

Empurrei quando sentir fome e solidão

Mas não deixei de amar

Mesmo em desilusão

Sendo discriminado

Mal entendido

Nada me fez deixar de abrir portas

Com o tempo, descerrei correntes

E sigo abrindo portas

E me permitindo sonhar

Sonhar que o mundo não é uma porta fechada

Mas a liberdade que construímos
Com isso, eu peço permissão

Por favor, abra a porta

Permita-me abraçar-te

Pois és meu irmão

Nilson Ericeira