Um amor dissimulado

Um amor dissimulado

Talvez fluído,

Diluído, ferido

Pois se eu me ausentar

Espere um pouco

Só um pouco mais

Logo voltarei

Nem que seja só nas impressões

Ou em vultos-relâmpagos

Mas se eu desaparecer

Aguarde-me um pouco

Talvez percebas que eu estou

No vento tocante

No tempo passante

Na nuvem viajante

Ou na estrela cadente

Na estrada sem fim…

Caminhando a procura de ti

Se eu silenciar!

Estou juntando letras sozinho

É trabalhoso, pois se combinam para te dizer:

Eu te amo, te amei, te amarei…

E seguirei sem som, sem a música do amor

Quem sabe por trás da sobra da vida

Tentando ser bem mais claro e evidente

E com as semente que maturei

Dizer-te do quanto de amo

Amei, amarei…

Portanto, se os senões não te mostrarem

Eu grito: eu te amo!

Nilson Ericeira