Rufiano e a retórica do paradoxo

Estrangeiro pode ser homem, mulher, esposo, esposa, pobre, rico, amancebada, ‘desamancebada’, só não pode ser candidata. Ah isso não pode!

O que pode e o que não pode é definido na latrina dos interesses e conveniências. Que gente pequena, sem estatura moral.

Olha senhores, quando um ser vivente, por mais rastejante que o seja, não consegue se enxergar, é o fim de um ciclo pecaminoso!

Na mesma batida, Rufiano, o Língua de trapo, defende as mulheres, não interessa de onde sejam, conveniência, grau de instrução, raça, cor ou quaisquer diferenças. Diz-se democrático, com isso tanto faz ter nascido na Terra de Arariboia ou em qualquer lugar do mundo. O que interessa é que mesmo e principalmente sendo mulher, esteja do seu lado, a naturalidade, a nacionalidade é o de menos.

Para Rufiano, o poder é poder e se agarra nele com todas as garras. Para tanto, tem dado uma de bonzinho, até está abrindo a porta de uma de suas casas para o povo entrar, as outras ele até pode abrir as portas, ou os portões, mas ficam muito longe e só dá para ir de trem, se quiserem, mas como a maioria quer é distância dele, ele apenas curtirá seus milhões em algum ressorte aqui próximo, nas parais da capital alencarina. Oh lê, lê!

É candidato sim, é amigo do povo, é humano, nunca foi condenado, não cometeu, nem comete ato de improbidade administrativa, só não se sabe se tanta humanidade e honestidade assim não dói na consciência, pois tem gente bebendo água de lama. Por que será hem? Ai meu Deus, e o que faz um vereador andando nas estradas vicinais? Tá já pegando uma gripe forte ou mesmo uma pneumonia, mas quanto a isso, que ele não se preocupe, em Araras Azuis há imagens muito mais coloridas no hospital da pororoca!

Se Jorge Oliveira fosse vivo certamente diria: “é um cabra de peia!”

Papai, perdoa-lhes pois não sabem o que dizem, mas até sabem o que fazem, pois a fome e a gula são irmãs siamesas.

E por falar em gula, qual será a convenção que vai dar mais gente? Daqui da terra de Abbeville, Rufiano deslocará carradas e carradas de gente. Só gente nossa.

Isso pode Arnaldo, pode pois é preciso mostrar que fez o que não fez, ser desculpado e até perdoado pelo esgoto produzido!