Caminhos…

Caminhei só e sozinho

Caminhei só e em multidões

Enxerguei mundos

Não vi ninguém

Recolhi-me a mim mesmo

Recebi abraços

Adociquei meus lábios

Desfrutei do néctar do amor

Provei do amargos dos falsos

Andei quase nu

Vesti-me de dignidade

Sentir fome

Passei fomes…

Muitas delas ainda sinto

Tive sede

Deram-me cicuta

Eu me permitir amar

E me encontrei no amor

Mas provei o dessabor da falsidade e hipocrisia

Não me conformei com injustiças

Bradei em protestos

Riram de mim

Nomearam-me um louco

Mas me prefiro dentro da minha anormalidade

À normalidade dos injustos!

Por isso, caminho…

Talvez as minhas pegadas sejam invisíveis

Mas sei, provocadoras


Nilson Ericeira