A tese das feridas abertas e bestialidades crescentes

Por Nilson Ericeira

A tese das feridas abertas e bestialidades crescentes

Há uma gente capaz de explicar e até resolver para você, coisas impossíveis ante aos mortais. Mas incapazes de resolver coisas bem simples em si mesmas, curar suas feridas.

Suas próprias frustrações viram teses e mais teses.

É que a eloquência de seus discursos com suas caras e bocas não coadunam com suas práticas.

Refiro-me a pessoas que levam o dia inteiro e viram à noite dedilhando, mas não nos dizem nada de concreto. Ilações apenas. Substratos de suas alienações.

Acreditam em objetos santificados! Que a terra é plana, que se comunicam com seres de outros planetas e, ainda, que o ódio compõe o amor!

Piora muito seus repertórios quanto se auto-intitulam representantes de Deus ou mensageiros de Jesus.

Essa gente precisa se tratar, mas antes, precisa se reconhecer enquanto doentes.

Falam realmente em línguas estranhas! Essa gente mal resolvida precisa de tratamento mesmo que não seja com profissionais da saúde mental. Mas, pelo menos, refletindo sobre seus próprios atos ou mesmo fixando-se nas suas imagens no espelho da vida. Eu quis dizer relações uns com os outros. Não sei se me fiz entender, tomara que sim.

A tese é que são pessoas que parecem não considerarem ninguém e para que possam conviver em harmonia os outros têm que, do mesmo modo, acreditarem e seguirem as suas ‘convicções’ estaparfúdias.

A antítese é se dizerem cristãos quando negam o amor ao próximo e acreditam na violência como meio para uma sociedade humanizada.

Antes de encerrar, mil perdões por escrever sobre coisas tão óbvias.