O infinito sou eu…

Bem acima do sol

Além do céu

Muito abaixo do chão

Nas nuvens que passaram, passam e passarão

Nas águas que vão

E nas que voltarão

Assim sou eu

O meu eu em disputa comigo

Assumem os próprios conflitos meus

Sou mutante, sou gente e sou amante

Embora distante de mim

Agora bem próximo de tudo

Pois sou um lerdo-esperto

Eu sou o próprio espinho que vara meu peito

Sou a tua doçura em mim

E a distância da separação

Eu sou a saudade que dói no meu peito

E também sou o que vai te buscar

Pois eu sou o motivo, a causa e a consequência

Sou a faca em gumes

Eu sou a ferida sarando

É sou a canção que me toca

E a que nunca escutei

Já não sei quem sou eu neste instante

Pois eu sou a mistura de todas as coisas

A cor e o incolor

O crepúsculo e aquarela

Mas tudo depende de ti meu amor

Nilson Ericeira (Robrielle)