O grito, o silêncio e o eco
Meu eco-grito, meu amor
Quando em ti estou
Em resguardo, me resguardo
Pois parido de amor único e excitante
Então és os meus gritos e ecos
Estás no silenciar e na minha sublime forma de amar
Meu canto telúrico
Meu rio que passa,
minha gente que passa,
Passará, passarada, passarinhos…
Arco-íris e sol casados com chuva
Meu mundo em terra, ar e chão
És a sinestesia do meu coração
E assim te dou gritos em mim
Eco-grito!
Arari, Arari, eu te amo!
E assim sigo, sempre te procurando em letras
Por isso vivo por ti, por ti faço versos
Silencio, grito e calo
Ando até fazer calo, mas não desisto de caminhar
Por ti Arari eu dou grito e escuto meu eco
E quando demoras a ecoar
Procuro escutar lá dentro do meu coração
Pois de mim corre as tuas veias abertas
Algumas explodem
Outras correm igual tuas águas
E anáguas…
Calças e vestes
É por ti que me escuto
Astuto, saio sem que me vejas solitário
Pois sempre em multidões
E, então, os filhos teus gritam:
eu te amo Arari!
Nilson Ericeira
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