Um ser contemplativo

Vaga-lume do anoitecer

Refém do coração

Moldado pela vida

Moribundo dos dias

Meio facho, meio luz

Faísca ardente desejo

De ser dela

Portanto, fagulha

Em centelha de esperança

Portanto, lança-se

Lança a rede de si mesmo

Com braços e abraços

‘Entrelaços’ e sonhos

E, ainda, desafia-se

A num único dia não tê-la em aparições

Mesmo que repentinas

Lá no seu coração-oceano

Então, definha…

Quase imperceptível a olhos mortais

Com seu facho sentimental acesso

Seguindo o caminho dela

Pegadas existenciais em mim

Nilson Ericeira