Até parece que foi ontem, aliás, no dia 27 de março de 2019, um dos momentos de difícil superação.
Um dia de muita tristeza para nós que o amávamos. Eu que interagia com ele ao tempo que divergia, aprendia e me divertia, mas sobressaia-se sempre o amor de irmãos.
Não foram poucas vezes que estivemos em lado contrário da Política de Arari, mas, do mesmo modo, não foram poucas vezes que falamos e demonstramos um amor único e recíproco.
Para a nossa família e amigos, PC Ericeira deixou um legado de homem justo, de inteligência brilhante e, acima de qualquer coisa, um amigo dos seus amigos até o último recurso. E deu prova disto em vida, agindo ‘no risco’ de sua própria vida. E fez tudo por amor a Arari e sua gente!
Mas há uns poucos ingratos que seguem apenas a lei da conveniência e da subserviência, abomináveis, por sinal.
PC Ericeira, um escritor compulsivo, um pesquisador voraz, um poeta brilhante, um especial filho e pai dedicado e amoroso, pois fazia tudo pelo amor da sua filha Paula Ericeira, pela nossa mãe Eliesita, pelo nosso pai Crecy. Só para que se tenha uma ideia, a minha querida mãe quase sempre não o chamava pelo nome, mas ‘meu amado’. E, quando Deus o levou, ela repetidamente falava isto até a exaustão, como ali encontrasse um ponto de luz para fazer que o nosso drama, o drama da sua perda, não era um acontecimento real.
Até hoje, ela despista e olha como um olhar desalento, pois ele e eles, os protegiam uns aos outros – meu pai, minha mãe e PC Ericeira – nas suas interações diárias em Arari. Assim, eu entendi por que o certo era o errado era o certo, a depender da opinião de PC.
Nesse dia, eu fui surpreendido com um telefone de seu afilhado Leãozinho, que com a voz embargada e o coração igualmente dilacerado, anunciou o falecimento de PC Ericeira. Duvidei, indaguei, supliquei… Mas na mesma interlocução, reagir.
Certamente PC Ericeira deixou Arari para outra morada, porém nunca se apagarão suas marcas. E isto pode ser comprovado nas inúmeras pessoas que me abordam e me fazem encher os olhos de lágrimas.
Para mim, minha mãe, meus irmãos PC Ericeira não morreu e nunca morrerá, pois todos os dias falamos dele, lembramos dele, imaginamos como estaria aqui, quais os seus sonhos… E isto eu guardo.
Ninguém morre quando o coração responde, os olhos encontram, os sentimentos se harmonizam num só sentido: o de amar para sempre.
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