Carta a um amigo

Carta a um amigo

Meu prezado amigo Distônio,

Escrevo-lhe estas pequenas linhas para lhe comunicar do meu descontentamento com uns seres aqui na Terra.

Ao tempo em que desejo saber notícias suas. Ando preocupado com o seu silêncio, não que me tenha por culpado, mas que possa representar algo. Por vezes tenho pensado que algumas pessoas em silêncio dizem muito mais que o coro dos ignorantes.

Outras vezes sei que muitos que falam pouco, acabam nos ensinando a ouvir de forma livre e respeitosa.

Não que eu venha aqui condená-lo e muito menos ainda julgá-lo, mas com a inquietude um amigo que se preocupa com o outro. A nossa amizade vale muito mais que uma aparição coincidente, quando das nossas demandas sociais, e bem mais que um comentário na mídia social. Vale, na verdade, o abraço sentido e consentido de quem ama.

Estas mal traçadas linhas tem um objetivo muito especial, que saibas da saudade e do amor que sinto pelo amigo.

Por fim, sei da essência da nossa amizade, pois único interesse que voga é a nossa união. Sei, do mesmo modo, que as suas ocupações lhes têm consumido o tempo. Porém, não nos permitamos completamente a esse consumo, pois exaurimos e definhamos no melhor que temos: o amor!

Nilson Ericeira