Assim a banda não toca, abunda

Assim a banda não toca,

abunda

Mundo caduco!

Onde a bunda vale mais que a cara

Onde o riso ao cinismo

Onde a face nua mostra parte da bunda

Onde a bunda deita e rola

Na ciranda dos sem ofício,

A bunda vale que o ‘cu-rrículo’

Pobre de que sem parte de seu corpo à mostra, vive, ou melhor sobrevive

Enquanto outros vivem com os víveres do poder

Para o povo, pelo, com o povo:

As vísceras

Antes não fosse uma bunda inteira, apenas a banda

A banda toca sem nota ou de uma nota só

Abundam as bundas

Enquanto mostram e sugam fartos mamilos

As tetas da vaca secam!

Pobre crias que nem bundas têm, mesmo que fossem croacas

Mas se outro orifício não há, faça-se defecação oral

Reproduza-se em defecações

Posto que Abundam tolices

E pelo visto os ‘sábios’ não ensinam

Nilson Ericeira