Os sem saberes

O saber prepotente anula-se em si mesmo

O saber sem humildade não é saber

O sabe tudo não sabe

O ignorante abomina os livros

Mesmo quando usa, usa mal

Tem nos seus recalques e frustrações a sua pauta

Acha-se sem mesmo se encontrar

Um pária e insensível

Sem o menor pudor de criticar por criticar

Nus em si mesmos, revoltam-se

Querem notoriedade mesmo inúteis

Ainda assim, pregam sua prepotência por onde passas

São único cerebrais!

Capazes de tudo, mas não se enxergam

Cegos de vaidade, inquilinos do ódio

Admoestam mesmo que com faces aparentes

Antissociais por excelência

Vivem da obra alheia

Pois que apreendem não aprendem

Na prática, esnobam, humilham

Portanto, de um conhecimento nulo na origem

Nilson Ericeira