Arari, fala que eu te escuto!

Por Nilson Ericeira

Arari, fala que eu te escuto!

Arari tem um povo ordeiro, inteligente e culto que há muito engrandece o nosso município, o nosso estado e a Nação. Pois daqui saem pessoas que se destacam além fronteiras.

É bom que se diga que muitos foram e não mais voltaram, pois aqui não teriam oportunidades. Embora saibamos que de onde estão, a amam do mesmo modo.

Abre-se um parêntese, separe-se cultura de saber e saber de cultura, assim compreenderemos melhor o mundo.

Isso só não basta para definir um povo culturalmente rico em tradições e que fora abençoado pelo Município ser cortado de ponta a ponta por um rio que não somente nos banha, mas nos alimenta com o que há de melhor.

Entenda-se, antes da pressa, que campos, lagos e igarapés são nutridos pelo rio direta ou indiretamente, salvo engano.

Talvez por isso, em cada um de nós e em todos, haja um amor inigualável, indefinível, indecifrável, só explicado pelas bênçãos do Pai. Aqui acolhemos as pessoas de fora e concebemos como se filhos fossem, da mesma maneira refutamos os que não nos prezam, mesmo que tenham saído das nossas entranhas ou que venha de outros lugares.

Uma vez eu disse, aliás, disse mais de uma vez: o respeito é a base das relações.

Em Arari, quando nos encontramos, falamos de tudo, do que se passa a nível nacional e nos prendemos no que é local, no que mais nos interessa, o desenvolvimento ‘humano’ de nossa gente. Com isso, não somos poucos os que abordamos o desejo de melhores dias para Arari, em todas as áreas. Alguns de nós nos dedicamos a nossa história, que coisa linda! Outros à literatura, nobre forma de contar a nossa história sobre o prisma da arte, muito calafetam da forma que podem, mas sem nunca desistir de amá-la.

Imaginem quando faz algum tempo que não vemos um amigo de Arari!

Aqui cada um de nós constrói o seu cenário na medida de seus relacionamentos.

Oh minha cidade! És o nosso melhor recanto, a nossa melhor prosa, o nosso doce mais doce e o nosso sal mais significativo, portanto é a ti de ti que deriva todo o nosso amor.

Lamentamos, entretanto, em que há coisas tão simples que poderiam ser feitas, que ditas a alguém parecem até banalidades! Mas que, ao mesmo tempo cega a vista dos que não querem ver.  

Só para lembrar, pois sei que todos sabem, pornofonia e a deformação do som, a ponografia, é a deformação da escrita. O certo que escrito ou falado, seria bom que elevássemos o nosso debate. Sei que se acontece de outra forma, não é pela ausência de batedores, mas pode ser pelo desinteresse.

Em tempo, os meus artigos não necessariamente devem coincidir com que pensam os meus seguidores (leitores), no que compreendo e respeito.