Arari, eu te amo!
Falo de um amor tão intenso
Imenso e tão cheio de vida
Tão repleto de flores
De jardins, de campos, canteiros em nós
De gentes, de ruas, de fatos, de prosas…
Falo de um amor lá das entranhas
De dentro do peito
Do ventre e coração
Oh torrão amado!
O que tens me dado
Amor, fé, devoção e vida
É que eu te amo tanto
Que nem sei me expressar
Antes um amor parido
Mas contido nas minhas veias
Agora, poesias, maresias e história
Ainda bem que de ti sou parte
Sou de uma gente falante
Andantes, perambulantes, viajantes, distantes
Que não esquece em nenhum segundo de ti
Pois és o meu terreno fértil
Quintal, terreiro, loci e vida
Minha aurora…
E, assim, todos os dias a me declarar
Até que ecoe nos teus campos
Lagos, igarapés e Rio
É assim que se criam as tuas crias…
E te quero amar por toda a minha vida
Nem precisava me declarar
Mas sou deste lugar
Nilson Ericeira
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