A flor preterida ou semente na estufa

Assim se passaram os meus dias

As noites de calmarias

Meu coração, agonia

Quando as tempestades anunciavam

Eu esperava

Inflava meu ego

E alagava o meu coração

Assim que se adubaram as sementes

E em esperas…

De cenário e cenário…

Brotaram na estufa do amor

Sem luz, sem sou e vida

A tua procura

Teu riso, teu encanto, teu nome

E o teu endereço em mim

Ah se as flores me dissessem logo o que é o amor

Até sem a espetacularização costumeira

Talvez assim, tiraria da estufa o amor em mim

E quem sabe um dia ou em todas as amanhãs

Ou pelos tempos da vida

Novas flores sem repressão dessa estufa

Pois o meu coração parece não mais suportar

O que há, o que há em mim

É amor

Nilson Ericeira