Ah que
saudade daquelas tardes.
Com suas
trancinhas e das saias compridas de menina.
Seus
sapatos pretos cinzentos de terra.
No
fundo, uma algazarra uma gritaria, um assovio!
Ah que nostalgia
de te ver com aquela farda colegial
e seu
jeito angelical.
Ah mas que
saudade daquela luz que te encobrias vagarosamente.
Enquanto
caminhavas a se despedir do dia.
E um dia
se ir de mim e ficar em meu coração.
Depois
de marcas…
Hoje,
apenas penumbra.
O que
sei é que aquelas pegadas marcaram corações.
Daquele
jeitinho de menina que me inebriou.
Daqueles
risos matreiros como que soltasse essências de rosas.
Daquele gingado
ingênuo, e caminhares, olhares, dizeres…
Quereres,
sedentos desejos de meninos.
E no
outro dia, da forma mais simples e sublime.
Reabre-se
para nos excitar em essências.
De
menina-mulher que se forma no meio das flores.
E ainda
atraca-se aos seus sonhos de criança.
Mesmo
que no coração um novo amor surgisse.
Desleixava-se
da maturidade que a idade trazia.
E num
reflexo se descobre no amor.
Me
estacionou em sonhos a menina de outrora.
E eu
agora e descubro, percebo que sonhei.
Mas
ainda sinto a essência das flores.
Ericeira
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