é dizer que encontramos qualidades em pessoas que se assemelham a ‘Narciso’, ou
melhor, que se acham perfeitas em estética e atitudes, aliás, uma e outra se embrincam.
Penso
que precisamos nos enxergar mais e nos fotografar menos! Talvez aqui a tradução
da nossa imagem aparente, aquela que apenas se propaga em ondas digitais – por ter
aparência de, mas não representar o nosso estado de ser. É que eu imagino que
temos produzido imagens toscas no nosso relacionamento com os outros e, por
vezes, não fazemos a real leitura da nossa imagem naquilo que de fato
interessa.
Grudamos
nossos dedos e fixamos nossos olhares, ocupamos nossos sentidos nos
dispositivos iguais aos viciados em outras drogas, ao ponto de não percebermos
que o tempo passa e podemos, em agindo assim, a oportunidade de realmente
sentir e participar da convivência humana.
E
volta e meia estamos a nos exibir de forma con
stante e efetiva.
E,
de certo modo, estamos pertos de quem está distante, esquecendo-se de perceber,
ou mesmo acolher que está bem próximo de nós.
Estamos
trancados em mundo subjetivos. Destrancar os cadeados da nossa alienação talvez
fosse um bom recomeço.
Nada
contra ócio permitido e prejudicial, pois todos temos o livre arbítrio, mas de
certo modo, agimos igual a ‘narcisos’, uma vez nos surpreendermos com a nossa
estética, ao ponto de enfatizá-las em imagens.
Somos
assim: uns ‘belos’ modernos que não nos custa encher telas e ganharmos a crista
da onda!
Há
casos em que nos permitimos expor as nossas intimidades e dificuldades, dando
verdadeiros sinais de que não temos mais o controle sobre nossas próprias
decisões.
A
ciência do que é ridículo e prejudicial, em alguns casos, parece ter nos
escapado ao controle, salvo engano.
Ciente
da antipatia que este texto produz, porém, sem nenhuma pretensão de fazê-lo
suficiente em nada.
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