Para gostar de escrever, mas não escrever por escrever

Penso
que precisamos a cada dia escrever melhor. Não podemos, contudo, escrever por
escrever. Quem o faz assim, acaba por agradar e desagradar o seu senhor ao
mesmo tempo. Na verdade, mais desagrada.

A
Internet é extensa e intensa demais para depósitos de dejetos digitais. Há
defecações, ainda que outra seja a intenção, as digitais fedem!

A
escrita exige entre outras coisas, disciplina, labor diário e permanente que
inclui leitura, releituras, escritas e reescritas e ainda, um bom grau de reflexão.
Há regras e não podemos dispensá-las ao sabor de nossa ignorância.

Então,
deixa a vida me levar que eu a escrevo com os dedos…

Do
mesmo modo digo que qualquer um pode escrever de qualquer modo, mas é  imprescindível que, mesmo sem regras técnicas ou por total obscurantismo,
saibamos nos comunicar. Mas quando se faz da escrita uma profissão, ou mesmo,
obrigação, então chegou a hora de investir em si mesmo e, além de estudar um
pouco, refletir sobre o que escreve e, por vezes, colocar-se no lugar de quem
ler.

Caramba,
como é ruim não entender um texto em que o autor não diz absolutamente nada! Isto, mesmo quando a imagem é evidente, melhor seria não legendá-la.

Eu
imagino que a nossa escrita deva funcionar como um espelho nosso de todos os
dias. Pois a melhor imagem é aquela em que temos  responsabilidade de produzi-la com esmero, humildade,
dedicação, um pouco de conhecimento e, sobremaneira, muita seriedade.

Quem
escreve só para agradar a terceiros, geralmente se esquece de se aprimorar. Perde
o fio da meada, por assim dizer.  

Uma
oficina necessária:

·        
Ler
bons livros permanentemente;

·        
Caso
não tenha o hábito de ler, começar a ler pelo assunto que tenha alguma
afinidade, depois evoluir para outros assuntos;

·        
Tentar
escrever do que apreendeu;

·        
Contar
a sua própria história e reescrevê-la, sempre duvidando que poderia ter ficado
bem melhor;

·        
Na
leitura obrigatória, observar as regras da gramática técnica;

·        
Ter
consciência que possui um estilo próprio aprimorando e ampliando o repertório do
que pensa escrever;

·        
Conhecer
regras elementares de redação escolar (dissertação, descrição, narração
opinar etc);

·        
Reconhecer
que precisa melhorar sempre;

·        
Reconhecer
que não sabe.