Eis que um tempo mal vivido
Hediondo e encapuzado
Tempo de travestidos
Sujos e imundos
Molambentos…
Desumanos
Escórias
Eu queria me esconder no tempo
Mas vejo que faz sombras
Tem portas, mas prefere-se hediondo
Macula, mente, propaga, matam…
Insensíveis!
Irascíveis!
Pobres homens pobres
Que consomem seus tempos com vandalismo
E evocam e avocam o nome de Deus em vão
Caminham ao descaminho
Em tempo manchado pelo ódio, desamor e sangue
Lágrimas, tristeza e morte…
Catacumbas!
E o céu, os céus à deriva
Que horror!
Terror!
E o tempo?
Esvai-se na brutalidade de alguns
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