Um guardador de segredos!

Nem
tão segredos assim

Mas
ai de mim

Pois
se não percebes

Também
não ouves,

não
vês, não escutas

Não
sabes!

Não
sentes

A
verdade é que sou um recipiente humano

De
segredos meus

Segredos
teus

E
enquanto as letras seguirem meus sentimentos

Exporei
em vírgulas, em pontos, em malhas

Tecidos
da minha vida

E
na sintaxe dos meus dias

Poetarei
em versos que são segredos nem tão subliminares

Pois
que do meu coração emanam

Mas
como disse, são segredos

E
segredos não se contam,

se
escrevem

Se
soltam, escapolem…

Segredos
de um amor eterno

Que
se fazem todos os dias guardados no peito

E
vagantes no mundo de ilações

Devaneios
que me dão vida

   Nilson
Ericeira