Arari meu chão de amor II

Hoje
irriguei meu ser

Vi-me em
Arari

Aliás, só
me enxergo aqui

Ali,
arei, ararizei…

Arizetei…

Vi-me
banhando no rio

Pulando barreiras

E de
canôas…

Vi maré
cheia tocar em mim

Camarõezinhos
me beliscando

Nas
unhas, pés, corpo e coração

É maré
cheia de amor que

Aos
poucos toma meu corpo

Pois meu
corpo há muito já tomara

Ou vi a
voz de alguém me chamando

Ouvi a
melhor voz da minha vida

Já vou
mãããêêê!!!

Subir
barreira

Era eu e
a minha sombra com pressa

Ali me
reconhecia

Era
feliz!

Vi meu
pai pescar

‘Oficiei-me’
num amor único

Aprendiz
eterno que sou

E tudo
que eu mandá,


comprar aresta

E cola

E assim
etiquetei a minha vida

Com os
adesivos do amor

E tantas
coisas passei

Mas nada
tirou de mim a essência do teu amor

Amor por
Arari

Por isso
que me irrigo

Oxigeno-me
e revigoro

E,
assim, vou tecendo os fios poéticos para te expressar

Mesmo
que seja apenas uma sombra

E, no
vulto, ou na realidade

Sei que
te amo

   Nilson
Erieira