Entre o ser e o não ser: o caráter

 Nem
todos são os que podem espelhar-se em si próprios.

Negar
a si mesmo é negar a sua própria moral, a verdadeira identificação dos homens.
Quem não tem moral não se importa se nu ou vestido, mesmo porque travestido.

Isto
aqui não é coisa de ideologia, mas de caráter. As pessoas fazem as suas escolhas,
nem sempre o caminho mais fácil é o mais ético.  

As
facilidades que as pessoas desonestas encontram certamente ceifam vidas e
esperanças.

Numa
sociedade em que se clamam e proclamam valores, chega a ser abominável o prêmio
à imoralidade em detrimento do mérito de muitos que queimam pestanas dias e
noite se preparando.

Mas
há quem não se importe de ensinar práticas hediondas a seus descendentes, pois
fora assim que ‘vencera na vida’. Porém existem pessoas cujo caráter é
admirável e a conduta deve servir de espelho para muitos.

Penso
que a proclamação de más condutas não contribui com uma sociedade mais igual e
menos violenta, pelo contrário, fomenta e incentiva a desigualdade. De forma
que não devemos nutrir admiração por aqueles, por mais status que tenham, conquistaram
posses por forma ilícitas.