Sangra
no peito a dor do desalento
Lá
fora, armam, ou melhor, armas
Enquanto
púberes desassossegam
Homens
bombas matam
Estoura
no céu do mundo o ódio acumulado
Toxinas,
até parece Hiroshima…
Lá
de cima, lágrimas do Pai
Na
terra, sangue, horror e dor
À
morte, às pressas, correm, socorrem, somem…
Em
nada se parecem com humanos
Ainda
fazem da flor seus refrãos
Pois
governam carros de aço nu fogaréu
Pessoas
sem coração!
Ou
cães domados para matar
Em
cinzas as cidades, numa caeira de humanos
Nos
escombros, gentes que sente, sentia, sentiam, ressentem-se
U
monte de gente morta que nem mais sangra
Enquanto
inertes, na ponta de cada lado da mesa negociam
Antes
não se tivesse coração, antes nos tivessem apelidados de nação
Antes
fosse um atômico, pois nada doeria,
Num
ato só: solene!
Agora
mesmo sangra no peito a dor da morte de quem em combate ainda resiste
À
noite cenas frias aquecidas pela guerra
Que
horror!
Mas
ignorantes somos nós que nos sentamos com eles
E
assistimos a tudo pacificamente, entristecidos é certo
Mas
sem ser elos e muito menos correntes
Afinal,
assistir lá de longe não nos afeta!
Ainda
admiramos e os escolhemos como nossos ‘ídolos’!
Por
favor homens da animália
Raça
de víboras, deixem o mundo sorrir
Em
paz…
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