O homem virtuoso I

 Ama
e se permite amar

O
homem virtuoso chora de saudade

Ri
em si mesmo quando se enche de amor

Quando
abraça com os sentidos da alma

Quando
se indigna e clama por justiça

E
experimenta espontaneamente os sabores da solidariedade

Quando
não tem sua vida medida pela idade

E
respeita o próximo como a si mesmo

O
homem virtuoso cede aos desejos do coração

E
segue aprendendo a andar como nos primeiros dias…

Nunca
se exalta ou se roga de nada

Mas
não se deixa levar

É
prudente e sabe a hora certa de se posicionar

Nunca
dá coro à injustiça e nem dá estilo a hipócritas

Sofre
com a dor alheia e solidariza

Ele
sabe que a virtude é um código humano

Por
isso se identifica com o bem

Mas
muita calma, pois há os que apenas representam

A
virtur!

O
saber! Os saberes!

O
homem virtuoso é um sábio, pois mesmo não parecendo sê-lo

Exerce

 Nilson
Ericeira