Quando uma cidade cede a almas pagãs!
Pobre dela que perde a sua aura
Pobres filhos que dormem
Há cidades sem almas
Assim como há povo sem alma
Desalmados seguem vagos, vazios, incertos…
A alma de uma cidade é o seu povo
Seus poetas, sem vínculos com o poder ou poderes
Pois a alma de uma cidade precisa apenas de asas
E quando os tinteiros secam!
Ah cidade posta, quando coisa ruim acontece
Padece de discursos e oratórias pagãs
Ou melhor, cidade sem alma, sem aura
Quando os seus trabalhadores submissos
Submergimos no achismo
A veste que te vestes, o sono que te guardas
A madrugada que rompe, os sinais de vida
Ah, ela está viva!
Ainda respira, pois seus fios de vida se renovam
Acende assim a centelha de luz em nós
É que toda cidade precisa ter alma
Ter povo, manter relações e asas…
Quem sabe assim, quando faltar,
a minha alma eu possa a ela emprestar
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