Hoje eu
resolvi me fechar em mim
Tranquei
meu coração
Emudeci
meu ser
Chorei
sozinho
Parti-me,
ou melhor, dividi-me, dilacerei
Em
pedaços movediços
Um ser
andante…
Viajante
em sonhos
Pus-me
em cenários imaginários
No meu
banquete: justiça e igualdade
Para
tanto busquei as minhas chaves
Cobrei a
minha consciência
Recobrei-me
dos meus atos
Assumir
a minha autoridade
Tornei-me
um líder servidor!
Àquele que
se importa com a pessoa
E fui
lentamente abrindo as minhas retrancas
Iluminando-me
da minha caverna
Abstraindo-me
da minha ignorância
E
procurei estender os meus braços sedentos de abraços
E no teu
entrelaço, naquele abraço
E logo
percebi que havia luz
Abri-me
para Alguém que, teimosamente, ‘me quer’
Serviu-me
desde o meu primeiro choro e riso
Completou-me
na sua semelhança
Deu-me fôrma
e forma
E é o
encaixe da vida plena
Alçou-me
à esperança
Deu-me
vida abundante
E me colocou
em planos
Cabe-me
usá-los sem trancas ou retrancas
E não me
permitir que a ferrugem da inveja
Que o ‘cerote’
da prepotência
A toxina
do ódio me contaminem
Pois no
fundo, eu quero apenas a liberdade de amar
Ericeira
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